A Assembleia Legislativa promoverá na próxima segunda-feira (11), a partir das 9 horas, em seu Plenarinho, a audiência pública “Paraná Livre da Febre Aftosa Sem Vacinação”, a fim de debater o esforço do Governo do Estado em tornar o estado livre da febre aftosa sem a necessidade de vacinação. A audiência foi proposta pelo deputado Anibelli Neto (PMDB), líder do Bloco Parlamentar da Agricultura Familiar e membro da Comissão de Agricultura, com apoio dos deputados Fernando Scanavaca (PDT), Tiago Amaral (PSB), Pedro Lupion (DEM), Márcio Pauliki (PDT), Cláudio Palozi (PSC), Guto Silva (PSC) e José Carlos Schiavinato (PP).
O evento contará com a participação de representantes de entidades diretamente interessadas na medida, como a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec); a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento; a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA); a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR); a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep); a Sociedade Rural do Paraná (SRP); o Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná (Sindivet); a Associação Paranaense de Suinocultores (APS); o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne); o Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Paraná (FUNDEPEC); a Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário (Apepa); o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA); o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV); o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER); a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep); entre outros.
O evento também é aberto à comunidade de pecuaristas, professores e especialistas em Agronegócio, para que possam ser ouvidas todas as correntes técnicas e os diferentes posicionamentos sobre o assunto.
Livre da Aftosa – Conforme destaca o deputado Anibelli Neto, o Paraná é livre da aftosa com vacinação, mas a vacina não impede o aparecimento do vírus. Constata-se uma falsa sensação de segurança. Por duas vezes, o Estado fez um estudo sobre a possibilidade de reivindicar, junto à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, mas nem o Paraná estava convencido de que tinha estrutura para isso e não avançou com o pedido.
Na audiência da segunda-feira será apresentada, entre outros posicionamentos, a preocupação sobre o futuro das exposições e feiras agropecuárias, pois com o reconhecimento do Paraná como estado livre da febre aftosa sem vacinação ficará proibido o ingresso de animais vacinados de outras regiões. Porém, se torna necessário continuar permitindo essa entrada de animais para engorda (bezerros, por exemplo), pois a pecuária de corte no estado não tem competitividade e assim, melhora-se a oferta de carne. Também será comparado o estado do Paraná com o de Santa Catarina, sendo explanadas as diferenças entre os dois estados, inclusive sobre as fronteiras com o Paraguai e outros estados brasileiros.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o gado paranaense ainda é imunizado porque, em caso de vulnerabilidade e de ocorrer algum fato de risco de introdução da doença no território, o vírus não se disseminará com facilidade. Para que se alcance o status sanitário mais vantajoso e seja considerado livre da doença sem vacinação, o serviço veterinário local deveria ser ainda mais fortalecido e o sistema de barreiras sanitárias deverá ser reestruturado, sobretudo nos 23 postos de fronteira existentes com São Paulo e Mato Grosso do Sul, além dos portos e aeroportos.
O Governo do Paraná afirma que a Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa, que iniciou no dia 30 de abril, será a última no estado, e que a previsão é de vacinar cerca de quatro milhões de cabeças de gado e búfalos com até 24 meses de idade.