Uma outra vertente do tropeirismo está no livro e na exposição lançados na Alep

04/12/2017 11h41 | por Cláudia Ribeiro
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 O patrimônio cultural e natural do estado lado a lado em um único livro:  “Tropeirismo e Geodiversidade no Paraná” conta a saga dos tropeiros sob a ótica da geologia, já que ela foi determinante para os caminhos percorridos. O lançamento foi no Espaço Cultural da Assembleia Legislativa na manhã desta  segunda-feira (4), onde também  foi lançada uma exposição com as fotografias que ilustram a publicação de autoria dos geólogos Antonio Liccardo e Gil Francisco Piekarz, chamada de “Tropeirismo e os Campos Gerais”.  A iniciativa de fazer o lançamento do livro e a mostra foi dos deputados Péricles de Mello (PT), presidente da Comissão de Cultura; Rasca Rodrigues (PV), presidente da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais; e Anibelli Neto (PMDB), líder do Bloco Parlamentar da Agricultura Familiar. Para Péricles, é uma parte da  história do Paraná sendo mostrada.

(Sonora)

 Anibelli Neto diz que é preciso que a população, a começar da mais jovem,  conheça mais dessa história. E Rasca Rodrigues lembra que não foi por acaso que os tropeiros escolheram a região dos Campos Gerais para percorrer e fazer parada.

 Os autores contam que as pesquisas começaram em 2005 e que o material era tão vasto que há dois anos surgiu  a ideia de escrever um livro. A  obra trata da geologia de uma das regiões mais importantes do Paraná, que faz parte da formação do território e do povo,  fazendo com que as pessoas possam entender o meio ambiente visto de um outro ângulo: pelo solo. É o que ressalta Antonio Liccardo,  geólogo. Que também, fez as fotografias, doutor em Ciências Naturais pela Universidade Federal de Ouro Preto e professor na Universidade Estadual de Ponta Grossa desde 2010.

(Sonora)

No Paraná, a chamada Rota dos Tropeiros passa por diversos municípios só na região dos Campos Gerais, mas ela atravessa todo o estado, indo da fronteira com Santa Catarina até a divisa com São Paulo. A partir de 1731, em consequência da descoberta das Minas de ouro em Minas Gerais, surgiu uma grande demanda por gado equino e bovino da região Sul. Assim, os tropeiros vinham do Rio Grande do Sul com mulas que seriam comercializadas  em Sorocaba, interior de São Paulo. Por isso, a importância dos Campos Gerais, a única região do Paraná onde o tropeirismo poderia se desenvolver com força. É que o meio físico teve fator determinante para  a ocupação do local pelos tropeiros, que percorriam mais de 1500 quilômetros. Quando passavam por aqui, tinham bom pasto, terreno suave e, claro, água.

 

 O conteúdo do livro é  histórico e, segundo especialistas,  “contempla uma lacuna de estudos que ainda estava em aberto” com uma nova e importante vertente: a Geodiversidade como elemento que faltava. Para o outro autor, Gil Francisco Piekarz,  geólogo formado pela Universidade Federal do Paraná, com mestrado em Metalogênese pela Universidade Estadual de Campinas e membro da equipe do Serviço Geológico do Paraná do Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Paraná (ITCG),  o objetivo é tornar a publicação uma fonte de pesquisa.

(Sonora)

A exposição pode ser vista  até o dia 8 de dezembro, próxima sexta-feira, no Espaço Cultural da Assembleia.

Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.

 

 

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