CEGUEIRA POLÍTICAPara o deputado, a privatização dos cursos de música, artes plásticas e artes cênicas na Casa da Cultura, "é uma afronta à cidadania, uma declaração aberta de incompetência (por parte da Prefeitura) e uma mostra de como a cegueira política pode fazer mal para toda uma população!". Com a privatização, só poderão fazer cursos na Casa da Cultura aqueles que puderam pagar. BARBARIDADE"Eu tenho visto muitas barbaridades na política, mas essa, sem dúvida alguma, bateu todos os recordes! Não tenho conhecimento de nenhum Município onde o prefeito tenha aberto mão da política municipal de cultura. Eu estou estarrecido! Como pode um prefeito fechar a porta da cultura pra aqueles que não podem pagar?", cobrou Welter. APELOWelter aplaudiu a iniciativa dos vereadores de oposição (PT e PMDB) que votaram contra o projeto e que pretendem recorrer da decisão ao Ministério Público, concluindo seu pronunciamento com um apelo ao prefeito José Carlos Schiavinato, para que volte atrás e revogue a lei da privatização da cultura. "Não quero acreditar que o prefeito Schiavinato seja um político que entende apenas de concreto. Espero sinceramente que ele se preocupe também com as pessoas", afirmou o deputado, para quem, "vedar o acesso à cultura é rebaixar a cidadania e atentar contra a democracia". Schiavinato terceiriza atividades da Casa da CulturaNo final de janeiro a Câmara de Vereadores de Toledo aprovou, por 6 votos contra 4, uma lei que repassou à iniciativa privada, pelo período de cinco anos, os cursos do Conservatório Municipal de Música da Casa da Cultura. Sob protesto da oposição, a matéria foi aprovada com o argumento de que a lei regularizava uma situação irregular de fato existente. Na última semana, o prefeito José Carlos Schiavianto encaminhou novo Projeto de Lei à Câmara, afirmando em sua mensagem que, por equívoco, havia deixado de incluir na lei já aprovada os cursos de artes cênicas e artes plásticas. Foi à deixa para um debate que estendeu a sessão da última segunda-feira por mais de cinco horas. Ao final, com os votos favoráveis dos vereadores Luiz Fritzen, Winfried Mossinger, Adelar Pelanca, Pastor Marcos, Expedito Gasolina e Renato Reimannm, a privatização total das atividades da Casa da Cultura foi aprovada por 6 votos contra 4. Votaram contra os vereadores Valtair Apolinário e Paulo dos Santos (PT) e Leoclides Bisognin e Rosa Campos (PMDB).