11/06/2008 09h07 | por Carlos Reiss / 41 9925-4221 / carlosreiss@gmail.com
O deputado estadual Cleiton Kielse (PMDB) participou, nesta terça-feira (10), da gravação do programa "Fórum Social", produzido pela Paraná Educativa. Na pauta, como as obras da Linha Verde estão influenciando o trânsito da capital e o que vai mudar quando estiver pronta. "Continuamos insistindo na construção de viadutos, trincheiras e passarelas na antiga BR-116, trecho entre o Atuba e o Pinheirinho. É um grande erro transformá-la em avenida", explicou o parlamentar. Participaram ainda da gravação o chefe do serviço de infra-estrutura do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), engenheiro Marcelo Gazino, e o diretor-executivo do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros por Fretamento de Curitiba e Região Metropolitana (Sinfretiba), José Vicente Calobrizi. O programa vai ao ar nesta quarta-feira (11), às 20h15, pela TV Educativa. No programa, Kielse reiterou o compromisso do Governo do Estado em executar as obras sugeridas via DER. "Tenho a palavra do Governador que, independente de cor partidária e como ex-prefeito da capital, o DER poderia executar as obras com recurso do Governo do Estado", declarou o parlamentar. Segundo Kielse, um investimento de R$ 45 milhões seria suficiente para executar todas as obras necessárias na Linha Verde. "Este orçamento foi feito por engenheiros do DER e do DNIT com base em outras obras realizadas pelo Governo do Estado, como a construção dos viadutos no trecho Cascavel-Toledo. Como o Governo já possui a verba para as obras emergenciais, basta sensibilidade e bom senso do Prefeito Beto Richa", esclareceu o deputado. As intervenções mais urgentes no trecho seriam, de acordo com o deputado, a construção de um viaduto no cruzamento com a av. Salgado Filho, que com suas alças de passagem e desapropriações custariam ao Governo entre R$ 3 milhões e R$ 6 milhões, uma trincheira elevada no cruzamento com a Rua Brigadeiro Franco, com mesmo custo, e duas trincheiras elevadas na Vila São Pedro, com gasto estimado entre R$ 2 milhões e R$ 4 milhões por trincheira. Segundo o deputado, essas obras resolveriam 60% do problema do congestionamento na BR-476, antiga BR-116.Argumentos O chefe do serviço de infra-estrutura do DNIT, engenheiro Marcelo Gazino, ressaltou a ausência de interseções em desnível na rodovia e destacou que o projeto é incompleto em vários aspectos. "A falta de trincheiras e viadutos é apenas um dos problemas. Do ponto de vista rodoviário, estão abdicando de uma via rápida para uma via de 70 km/h em que o motorista nunca vai chegar à essa velocidade", demonstrou o engenheiro. O diretor-executivo da Sinfretiba, José Vicente Calobrizi, foi mais enfático e destacou que a falta de fluidez e de mobilidade no trânsito causarão mais problemas do que soluções na futura Linha Verde. "Tínhamos a perspectiva de melhorar o trânsito com a Linha Verde, o que se tornou uma grande frustração. Os problemas são os mesmos e só tendem a aumentar", reforçou o representante das empresas de fretamento de ônibus. "Sem mobilidade, não existe crescimento econômico sustentável. Sem os viadutos e as trincheiras, estamos caminhando para o caos total", disparou. O deputado Kielse reiterou o argumento da divisão da capital e Região Metropolitana em duas partes. "Estão afirmando que vão unir Curitiba, porém vão separá-la. Ninguém mais vai conseguir, por exemplo, cruzar à pé a BR-476", explicou. O deputado afirmou também que o objetivo é paralisar as obras apenas nos pontos necessários. "Temos o raciocínio de entrar na Justiça caso o Prefeito não queira discutir, o que eu sinceramente não gostaria. São obras rápidas, pré-fabricadas e com custeamento do Governo do Estado. Por que não?", indagou.