Deputado Luis Corti (PSB) propõe a criação de comitê intersetorial focado na segurança energética do Paraná Instabilidade no fornecimento de energia foi tema de reunião do parlamentar com o setor produtivo e a direção da Copel.

19/03/2024 09h33 | por Assessoria Parlamentar
Diálogo vai aprimorar planejamento e investimentos para garantir segurança energética no Estado.

Diálogo vai aprimorar planejamento e investimentos para garantir segurança energética no Estado.Créditos: Daniel Cavalheiro/Copel

Diálogo vai aprimorar planejamento e investimentos para garantir segurança energética no Estado.

O deputado estadual Luis Corti (PSB), presidente da Comissão de Minas, Energia e Água da Assembleia Legislativa do Paraná, propôs a criação de um comitê intersetorial sobre segurança energética. A proposta é resultado de uma reunião entre o parlamentar, a direção da Copel e representantes do setor produtivo que teve como tema o enfrentamento das quedas de energia no estado.

“Sou defensor da construção através do diálogo e um comitê será o ambiente propício para isso. Os consumidores terão um canal aberto para apresentar suas demandas e colaborar com o planejamento da companhia, que por sua vez, terá a oportunidade de apresentar suas ações”, afirma Corti.

A ideia é reunir representantes dos consumidores, como entidades da sociedade civil organizada e do setor produtivo, bem como membros do Governo do Estado, Assembleia Legislativa, Prefeituras, Câmara de Vereadores e demais órgãos ligados ao desenvolvimento econômico.

O diretor-presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, destacou a atuação pioneira da comissão, criada em 2023. “O trabalho da comissão é pioneiro. Pela primeira vez, uma comissão legislativa está tratando dos assuntos de infraestrutura de energia no nosso estado”, afirmou o presidente, que detalhou os investimentos previstos para o ano. “A

Copel anunciou o maior investimento da sua história, R$ 2,092 bilhões, justamente para fazer frente ao crescimento do estado, com a consciência de que temos oportunidades de melhorias, com investimento e muito trabalho”.

Para 2024, a Copel vai inaugurar três novas subestações, dobrar a capacidade em outras 26 subestações e 160 quilômetros de novas linhas. O Programa Paraná Trifásico vai atingir até o final do ano 20 mil quilômetros de redes.

Instabilidade

As interrupções no fornecimento de energia têm gerado transtornos, prejuízos e muitas reclamações, especialmente do setor produtivo. “Os agricultores têm nos procurado com reivindicações. Essa oportunidade que tivemos hoje foi essencial para que pudéssemos apresentar as demandas diretamente para o presidente da Copel”, disse Alexandre Leal dos Santos, presidente da Fetaep (Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná).

Três fatores têm impacto direto na distribuição de energia elétrica no estado. O aumento da demanda por energia e consequente instabilidade no sistema tem sido provocado pelo crescimento acima da média da atividade econômica no Paraná. A Copel tem se adaptado a este novo cenário prevendo investimentos recordes em infraestrutura para os próximos anos.

Com um resultado 7,8% superior ao ano anterior, o Paraná cresceu mais de três vezes do que a média nacional. Só em 2023, o número de unidades consumidoras aumentou 35%. “Nós estamos diante de um novo comportamento do consumidor e de uma nova curva de carga. Antigamente, o pico era registrado durante o dia. Agora, por conta do aumento da produção, esse pico é constatado mais a noite”, afirmou Maximiliano Orfali, diretor-geral da Copel Distribuição.

As mudanças climáticas também têm gerado reflexos no consumo. O ano de 2023 foi considerado pela Organização Meteorológica Mundial como o mais quente em 174 anos de medição, com 1,4°C acima da média histórica. Como consequência, o uso de aparelhos de ar-condicionado cresceu significativamente.

Isso sem falar na terceira variante: os eventos climáticos severos. Em 2023, o registro de grandes temporais aumentou mais de 56%, com 24 ocorrências no ano, os raios aumentaram 25%, com 284.210 ocorrências, e os registros de rajadas de vento superiores a 50 km/h aumentou 14%, como 3.935 ocorrências.

Relatório

Já em setembro do ano passado, a Comissão de Minas, Energia e Água da Casa entregou um relatório completo sobre os desafios no setor elétrico, sobretudo nas regiões Sudoeste e da Cantuquiriguaçu. O documento reuniu centenas de reivindicações colhidas em quatro audiências públicas realizadas no interior do Estado.

O objetivo foi contribuir com a Copel no planejamento e execução do programa Paraná Trifásico, através de um amplo debate com o setor produtivo e lideranças políticas regionais. O movimento permitiu que o programa fosse acelerado em diversas regiões e atendesse com mais assertividade às demandas dos consumidores.

Presenças

Também participaram da reunião o diretor adjunto de Comunicação da Copel, David Campos, representantes da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), da Fecomércio (Federação do Comércio do Estado do Paraná), da Associação Comercial do Paraná e da Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná).

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