30/08/2010 18h08 | por Adriana Ribeiro
Uma pesquisa realizada pela Sociedade Mundial de Vitimologia em 54 países mostrou que o Brasil é o que mais sofre com a violência doméstica. No total, 23% das mulheres brasileiras estão sujeitas à violência doméstica, segundo o mesmo levantamento. Os dados foram mostrados nesta segunda-feira (30), pela coordenadora da União Sul-brasileira da Igreja Adventista, Denise Lopes, na Assembleia Legislativa. Ela esteve na Casa para falar do projeto Quebrando o Silêncio, desenvolvido há nove anos pela Igreja Adventista em todo o mundo para combater abusos e violência contra crianças, mulheres e idosos. O projeto é desenvolvido durante todo o ano, mas tem as ações intensificadas no mês de agosto. A visita faz parte das ações desenvolvidas pela Igreja Adventista no Paraná. “A violência está cada vez mais presente nos lares brasileiros e o projeto Quebrando o Silêncio ajuda na prevenção e na detecção de casos de violência contra as crianças, as mulheres e os idosos”, disse Artagão Júnior (PMDB), autor da proposição que garantiu a apresentação durante o grande expediente da sessão plenária. De acordo com Denise, a Igreja Adventista tem um papel social e, por meio projeto Quebrando o Silêncio, desenvolve ações educativas e de prevenção, como palestras nas escolas, fóruns e passeatas. Em nove anos, a Igreja Adventista no Paraná imprimiu e divulgou 1,3 milhão de revistas destinadas aos públicos adulto e infantil, além de folhetos, panfletos e folders. “A violência é um problema de saúde pública que acontece na maioria das vezes dentro de casa, onde as pessoas deveriam se sentir mais seguras”, disse. Também participaram da visita Shirley Moreira, do Ministério da Mulher da Associação Central do Paraná; e Jeaneti Pinto, do Ministério da Mulher da Associação Sul-paranaense. Durante a visita o grupo coletou assinaturas dos deputados para um documento mundial que será enviado à ONU pedindo uma posição mais firme no combate à violência contra as crianças, mulheres e idosos.