O líder do Governo na Assembléia, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), defendeu nesta quinta-feira (22), a criação do corredor bioceânico que pode ligar o Oceano Atlântico, através de Paranaguá, até o Oceano Pacífico, em Antofagasta, no Chile. O corredor é formado pelos rios que formam a Bacia do Prata (Paraná, Uruguai e Paraguai) e sua ligação terrestre (ferrovia e estrada) com portos do Chile servem a uma das regiões de maior expressão econômica do globo. Essa região possui mais de 100 milhões de habitantes com o padrão de vida mais alto do Mercosul, representando 60% do seu PIB com uma base de infra-estrutura e de equipamento econômico desenvolvido que permite instalação e a implementação de programas de maior envergadura no Cone Sul. Romanelli participou da reunião do Parlasul, realizada na Assembléia Legislativa, que contou com a participação do vice-governador Orlando Pessuti e de parlamentares do Paraná, Mato Grosso do Sul e do Chile. “O encontro serve para uma troca de experiências e para estabelecer novos desafios. Estamos recebendo parlamentares do Chile, que integram o Parlasul e que vem ao Paraná discutir um tema importante que é o corredor bioceânico”, disse Romanelli. HABITAÇÃO - A reunião teve ainda como temas a habitação nos estados do sul. A palestra do secretário de Habitação de Mato Grosso do Sul, Carlos Eduardo Marum, tratou das dificuldades em se superar o déficit habitacional no Brasil. “O principal desafio de uma política habitacional é promover a inclusão das mais de 7,2 milhões de famílias que ganham até cinco salários e que precisam de moradias em nosso país”, disse Romalli. “E quais são os desafios? Nos orçamentos que estão sendo votados nas assembléias legislativas precisamos de recursos para enfrentar o déficit habitacional.”, explicou. Romanelli disse que é muito importante debater os temas e fixar desafios a respeito da política habitacional dos quatro estados. “Eventos como esse proporcionam a mobilização dos parlamentares para este tema que é extremamente importante e o ParlaSul cumpre hoje um função social muito importante, na medida que propõe a discussão e o debate”. DESAFIOS – Já o corredor bioceânico, segundo Romanelli, vem para integrar cada vez mais os mercados. “Nós temos a necessidade de alcançar os mercados asiáticos e para isso é importante termos o Chile como porto, por conta das distancias que são muito menores a partir do Oceano Pacífico”. “Nós temos o desafio de integrar cada vez mais o Paraná e o Chile nesse corredor de transporte, que é absolutamente viável e é muito importante para a economia paranaense, para a chilena e para toda a economia da região sul. Por isso a importância da presença dos parlamentares chilenos nas discussões de hoje”, afirmou. Romanelli disse que através da parceria com o governo federal será possível concluir a linha férrea de 170 quilômetros entre Cascavel e Foz do Iguaçu. “Nós esperamos que o governo federal através das parcerias com o Governo do Paraná, possa ajudar a construir a ferrovia até Foz do Iguaçu e a segunda ponte sobre o rio Paraná”. O empreendimento, segundo Romanelli, vai permitir ao Paraguai integrar essa parceria com o Brasil e construir o trecho que liga até a Argentina, onde já existe uma ferrovia que liga até Antofagasta no Chile. “Essa obra vai concretizar o sonho de todos os paranaenses, brasileiros, paraguaios, argentinos, chilenos e uruguaios, de possuirmos esse corredor para atender as necessidades que temos na produção agropecuária, da produção industrial e do transporte de passageiros nessa região da América Latina”.