O líder da Oposição na Assembléia, deputado Valdir Rossoni (PSDB), apresentou ontem cópia de um e-mail, que mostra que os dirigentes da Copel determinaram o investimento no Banco Santos. O banco faliu logo depois e os recursos do Paraná não foram recuperados. O deputado Rossoni disse que o negócio foi danoso para o Paraná. Ele citou que o promotor Fuad Faraj, que está movendo uma ação contra os responsáveis, calcula que o Estado tenha perdido em torno de R$ 300 milhões, se forem somados os recursos investidos da Copel, Sanepar e Emater no Banco Santos, pouco antes do Banco Santos ser liquidado pelo Banco Central.“Se este governo é tão sério, como defende a bancada governista, seria bom dar as explicações ao povo paranaense: Por que aplicar recurso público no Banco Santos, que logo depois faliu? Ninguém até agora explicou isso nesta Casa”, questionou Rossoni.Outro assunto levantado pelo tucano foi com relação à polêmica compra da Elejor. “Paira no ar a dúvida sobre a honestidade da negociação. A Triunfo investiu R$ 21 milhões numa usina. O governo sério do Paraná, pagou R$ 42 milhões e logo depois aportou capital de R$ 17 milhões para dar continuidade à obra. Uma brincadeirinha de R$ 59 milhões”, quantificou Rossoni.Originalmente, Rossoni havia ocupado a tribuna para falar do projeto das águas e defender o deputado Ricardo Barros (PFL), que no seu entender foi atacado por uma revista publicada em Maringá. Rossoni disse que seria uma boa oportunidade para o governo explicar o gigantesco gasto com publicidade. “Desde junho, o secretário de Comunicação não responde às minhas perguntas. Há pouco o líder do governo me disse que ele está preparando a documentação que dá um caminhão de papel. Eu não quero saber se dá um caminhão ou dois. Eu tenho direito às informações”, cobrou.Rossoni cita que este governo faz o maior gasto da história do Paraná em publicidade: “R$ 140 milhões em um ano. O Paraná tem 10 milhões de habitantes, dá 14 reais por habitante. O estado de São Paulo, o mais populoso do País, está gastando R$ 40 milhões, tem 40 milhões de habitantes, o que dá um real para cada paulista. Quanta disparidade”, apontou.