
A convite dos deputados estaduais, o secretário de Estado da Educação e do Esporte, Renato Feder, participou da sessão plenária remota desta segunda-feira (27) da Assembleia Legislativa para explicar o funcionamento das atividades escolares, que estão acontecendo também de maneira remota. É que desde o começo de abril, os alunos da Rede Estadual de Educação do Paraná estudam na modalidade EAD, através de ferramentas virtuais, como o aplicativo Aula Paraná, por meio do qual acompanham o conteúdo produzido pela SEED. A alternativa será utilizada enquanto perdurar a crise do coronavírus no país. No aplicativo, além de assistir às aulas, os alunos interagem com os colegas e professores em tempo real, em um chat que funciona como uma espécie de “sala de aula virtual”. Feder também explicou aos parlamentares que o acesso às aulas pode ser feito por meio de TV aberta ou ainda, que o material está sendo distribuído nas próprias escolas.
(Sonora)
O Aula Paraná pode ser baixado em celulares que utilizam o sistema Android e em aparelhos iOS. Ele não consome dados móveis e pode ser acessado, inclusive, em celulares pré-pagos, já que o Governo do Estado providenciou pacotes junto às operadoras.
Feder lembrou que o acesso funciona assim: um canal para os sextos e sétimos anos do Ensino Fundamental, outro para os oitavos e nonos anos e um terceiro para o Ensino Médio. E que as aulas na modalidade EAD foram a alternativa encontrada para que os cerca de um milhão de estudantes da rede não tivessem o processo de ensino e aprendizagem prejudicado devido ao momento delicado pelo qual o país passa. Os colégios só serão reabertos quando a situação for considerada segura pelas autoridades sanitárias, disse o secretário, durante a fala que durou cerca de uma hora.
Ele destacou alguns números aos deputados: 760 mil dowloads feitos; 547 mil alunos já acessaram o aplicativo e mais de um milhão assistiram às aulas. São, segundo o secretário, 251 mil inscritos no canal do YouTube e 2.3 milhões de aulas disponibilizadas.
Alguns deputados quiseram saber se os contratos de professores pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS) serão mantidos e o secretário afirmou que nada muda. E que o horário de trabalho será como o do regime presencial.
Questionado sobre o porque de ter utilizado uma empresa de fora, Renato Feder disse que a Celepar, Companhia de Informática do Paraná, não teria condições técnicas de criar a ferramenta em tempo hábil, mas o secretário disse que a estatal acompanha todo o processo e garante total privacidade aos dados dos estudantes. Outra dúvida levantada pelos parlamentares.
(Sonora).
A proposta foi desenvolvida respeitando a Constituição Federal e o conceito de amplo acesso à educação. A SEED afirma que houve ampla aceitação por parte do Conselho Estadual de Educação (CEE), que deliberou de forma favorável por 17 votos a um.