A reunião da Comissão de Obras Públicas da Assembléia Legislativa recebeu nesta quarta-feira (11) o Diretor Geral do DER Rogério Tizzot. Ele falou sobre as obras em andamento no estado, sobre as que passam por processo de licitação e outras situações ligadas ao setor. Tizzot esclareceu que o pedágio da Ponte de Guaíra realmente será extinto até o mês de julho quando vence o contrato com a empresa que administra o trecho, a F. Andreis. Ele revelou que há R$ 29 milhões em caixa para obras que segundo o contrato firmado em 1998 só pode ser aplicado em benfeitorias e reparos na própria ponte.Devido a isso o deputado André Vargas (PT) irá manter contatos com o Ministério dos Transportes para que haja uma reformulação do convênio permitindo que os recursos sejam aplicados nas rodovias que dão acesso à ponte. Ainda sobre Guaira, Tizzot afirmou que existe uma exigência de se construir um novo acesso à cidade por parte do IBAMA. Na audiência Tizzot disse que 1.800 km de rodovias serão restaurados num prazo de 15 meses e outros 1.200 km foram autorizados na terça-feira (10) pelo Governador, entre eles encontram-se trechos urbanos de rodovias que tem intenso tráfego de veículos como Paiçandú-Maringá e a rodovia Carlos Strass em Londrina. A Rodovia do Cerne também passará por processo licitatório e a obra será feita em parceria com o exército, que segundo Tizzot, barateará os custos das obras.Com relação à estadualização das rodovias através de Medida Provisória de 2002, o diretor revelou que existe um impasse jurídico a ser resolvido. Na época o Governo Federal destinou R$ 87 milhões para manutenção de 940 km de estradas que foram estadualizadas o que não foi feito. Outros R$ 35 milhões liberados no governo Lula estão sendo empregados nas obras de duplicação da rodovia PRT 467 entre Cascavel e Toledo.Atualmente não se sabe quem é o responsável pelas rodovias e a Comissão de Obras intermediará um acordo com a União para solucionar o impasse. Um forte questionamento apontado por técnicos da Universidade Federal do Paraná e PUC-PR diz respeito à durabilidade das obras, e por isso, segundo Vargas “a Comissão irá fazer um acompanhamento bem próximo, pois nem sempre o menor custo significa o maior benefício”. Tizzot afirmou que houve uma redução no custo das obras no Estado o que provocou a intervenção de representantes do Sintrapav que representa os trabalhadores e do Sincepot que representa a classe patronal para que haja uma revisão na tabela de preços para cobrir gastos com os direitos sociais.Tomando por base isso, o parlamentar solicitou que a Planilha de Custos seja colocada à disposição na Internet com sua composição completa, e que nela seja incluída as despesas com os direitos sociais fruto dos dissídios.A Comissão irá acompanhar nos próximos dias uma reunião entre representantes dos Trabalhadores e o Sindicato Patronal para discutir o assunto.Foi constatado também que dos seis municípios do Paraná onde não existe acesso por vias asfaltadas, quatro deles passarão por processo de pavimentação. Já está orçamentado o processo para obras em Campina do Simão, para Coronel Domingos Soares e Boaventura de São Roque está se abrindo o processo licitatório e em Diamante do Sul um novo processo licitatório será feito já que a empresa vencedora da Licitação acabou falindo.