Antônio Annibelli – patriarca de uma família com mandatos na política do Paraná há mais de 70 anos Ele foi prefeito de Clevelândia, deputado estadual e federal. Presidiu a Assembleia Legislativa e também assumiu o Governo do Estado, em 1955.

30/01/2019 09h20 | por Sandra C. Pacheco
Ex-presidente da Alep, Antônio Annibelli.

Ex-presidente da Alep, Antônio Annibelli.Créditos: Pedro de Oliveira, com registro da galeria de ex-presidentes da Assembleia/Alep

Ex-presidente da Alep, Antônio Annibelli.

Antônio Annibelli nasceu em São Paulo, em 14 de outubro de 1911, filho de Alberto Annibelli e Francisca Annibelli. Quando tinha apenas seis meses sua família mudou-se para o município de Santa Maria da Boca do Monte, no Rio Grande do Sul, onde fez seus primeiros estudos. Depois, transferiu-se para Curitiba, onde deu prosseguimento aos estudos, encerrando o ciclo básico em 1931.

Na revolução de 1930, inscreveu-se nas forças revolucionárias a favor de Getúlio Vargas, integrando-se à instituição patriótica 5 de Outubro, cuja sede ficava no centro da capital paranaense. Ingressou mais tarde na Faculdade de Direito da Universidade do Paraná, onde formou-se em 1935. Ainda nos tempos de academia, começou a trabalhar como funcionário adjunto de promotor público. Ao ser aprovado mediante concurso público para a capital federal – na época, o Rio de Janeiro – foi nomeado pelo presidente Getúlio Vargas para o cargo de promotor público federal, primeiramente na comarca de Ipiranga e, em seguida, no município de Clevelândia, onde desembarcou em março de 1937.

Casou-se com Jacira Martins Annibelli, filha de Manoel Lustosa Martins, membro de importante família pioneira da região Sudoeste. Iniciou carreira política em 1944, como prefeito de Clevelândia, elegendo-se posteriormente, em 1950, para a Assembleia Legislativa pelo PTB. Em 1952 elegeu-se presidente da Casa pela primeira vez. Reelegeu-se deputado estadual nos dois pleitos seguintes, em 1954 e em 1958. Em 1955 foi reconduzido à presidência da Casa e, nesta condição, substituiu o governador Bento Munhoz da Rocha Neto, que renunciou ao Governo do Estado para ser candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Café Filho. A candidatura de Bento não se concretizou, mas ele assumiu o Ministério da Agricultura na gestão de Café Filho. Desta forma, Annibelli permaneceu no comando do Palácio Iguaçu de 3 de abril a 1º de maio de 1955. Coube a ele entregar o cargo a Adolpho Oliveira Franco, eleito pelo Legislativo estadual.

Ainda pelo PTB, elegeu-se deputado federal em 1962. Em 1965 filiou-se ao MDB, legenda da qual foi um dos fundadores no Paraná. Obteve novo mandato na Câmara Federal em 1966. Em 1970 voltou a se candidatar, ficando com a primeira suplência do partido e assumindo em 1973. Em 1974, ao término do mandato, lançou a candidatura do filho, Antônio Martins Anibelli, que viria a eleger-se para dois mandatos na Câmara Federal e sete na Assembleia Legislativa, que, a exemplo do pai, também presidiu. Atualmente é seu neto, Anibelli Neto, quem mantem uma cadeira no Legislativo estadual. Antônio Annibelli, o patriarca da família que exerce mandatos na política paranaense há mais de 70 anos, morreu em Curitiba, em 15 de agosto de 1997.

 

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