A primeira a falar foi Juliana Petri, que explicou como o método desenvolvido pelas duas foi buscar na neurociência, e mais especificamente na neurolinguística, fundamentos para fazer com que o emagrecimento se torne um processo definitivo, onde o paciente aprenda a acessar seu subconsciente e entender os sentimentos e conflitos que estão por trás de seus problemas alimentares. A partir de uma reflexão mais profunda sobre suas motivações, os interessados são levados a estabelecer metas e mudanças comportamentais decisivas para melhorar sua qualidade de vida, aliando atividade física regular, constante e adaptada às suas características, a uma alimentação balanceada e nutritiva.
Motivação – Listando o peso dos elementos influenciadores do sobrepeso e da obesidade – 5% genética; 10% hormônios; 50% alimentação; 35% sedentarismo – ela lançou uma indagação à plateia: “Por que você quer emagrecer? ”, e seguiu com os desdobramentos: “Para que? Que diferença isso fará na sua vida? Qual a vantagem de ser magro?”.
“Você tem fome de quê? Por que você come? ”, indagou em seguida Rúbia Santos. Segundo a especialista, a reflexão é proposta com a ideia de aliar sentimentos a objetivos e assim sedimentar resultados efetivos e permanentes, muito além da cultura dos alimentos permitidos e alimentos proibidos. Segundo ela, essa cultura vem de longe, com atualizações frequentes e, de um modo geral, ocasionam tensão e stress, que gera maior produção de cortisol que, por sua vez, atrapalha e até impede o emagrecimento.
Ela criticou o que chamou de “dietas loucas”, que prometem resultados rápidos e seguem um ciclo vicioso em que a pessoa até consegue chegar no peso desejado, mas com a fome e o desejo por comida aumentados, assim como o cansaço e a irritação, enquanto o corpo continua a queimar musculatura e a reduzir o metabolismo por entender que é preciso preservar a gordura como reserva de energia. A consequência é voltar a comer como antes, de maneira inadequada, recuperando os quilos perdidos.
Rúbia fez um alerta: sem uma mudança de comportamento, de conceitos em relação à alimentação, as pessoas não se tornam mais saudáveis. Pelo contrário, as doenças crônicas, os transtornos alimentares e a obesidade tendem a aumentar. Pesquisa recente aponta que 60% da população de Curitiba, por exemplo, já apresenta algum nível de sobrepeso. Mostrando a diferença entre comer de tudo e comer tudo, ela destacou que comer deve ser um prazer, e que o corpo não deve ser privado de nutrientes necessários ao seu bom desempenho: “A melhor dieta é aquela que você consegue manter porque mudou seu comportamento em relação a comida”, reforçou.