O que está acontecendo com a Guarda Municipal? Essa foi a pergunta feita pelo deputado Galo (PODE) na tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (14). No dia 07 deste mês, o jovem Samuel de 22 anos, filho de um componente da equipe de trabalho do deputado, foi covardemente assassinado com um tiro no tórax por membros da Guarda Municipal de Araucária, e neste último final de semana um outro jovem de nome Mateus de 20 anos, igualmente foi morto com nada menos que 7 tiros nas costas, de calibre 12, também por um integrante da Guarda Municipal aqui de Curitiba.
Ao ter a viatura atingida por uma garrafa, os guardas trocaram de arma e pegaram uma espingarda calibre 12 e efetuaram os disparos, matando o jovem e ferindo outras pessoas, inclusive uma adolescente de 14 anos. O Largo da Ordem onde ocorreu a tragédia estava lotado e poderiam outras pessoas ter sido vitimadas por agentes despreparados, sem habilidade nem condições psicológicas para enfrentar situações de confronto.
Ao mesmo tempo em que pergunta “o que está acontecendo com a Guarda Municipal” o deputado quer saber: de quem vem a ordem para agir dessa forma? Quanto tempo de treinamento esses profissionais tiveram para poder empunhar uma arma de fogo, e uma série de outras questões que até agora ninguém respondeu, pois nem a Guarda Municipal de Curitiba e muito menos a de Araucária esclareceram o que aconteceu nos dois casos de execução.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Paraná, presidida pelo deputado Tadeu Veneri (PT), já está empenhada no caso e atuando para que tudo seja esclarecido, pois as respostas precisam vir para não ser apenas mais um caso que irá passar impune.